No final dos anos 1960, o Tropicalismo sacudiu o ambiente cultural no Brasil. Ao romper com inúmeros parâmetros, principalmente na música, quando misturou velhas tradições populares a muitas novidades artísticas espalhadas pelo planeta, o movimento atingiu também outras esferas culturais, como artes plásticas, cinema e poesia. Tendo como maiores expoentes, Caetano Veloso e Gilberto Gil, seus integrantes criaram um grande coletivo, que envolveu um grande número de artistas.
Em 2017, o Tropicalismo, também conhecido como Tropicália, completa 50 anos. Para celebrar a data, o CineCAL exibe, em maio, dez filmes feitos por cineastas ou que falam de pessoas que se destacaram no movimento, como Glauber Rocha, Cacá Diegues, Joaquim Pedro de Andrade, Glauco Rodrigues e Hélio Oiticica. Entrada franca.
Programação
Dia 16 de maio (terça-feira)
Os herdeiros (Brasil). Direção de Cacá Diegues, 1970, 110 min. Retrospectiva, em forma de alegoria, da história do Brasil, compreendida entre a revolução de 1930 e a introdução da televisão no país. Como pano de fundo dessa trama que envolve amor, violência e política, está o elemento detonador de tudo: a luta pelo poder. Classificação: 14 anos
Dia 18 de maio (quinta-feira)
Macunaíma (Brasil). Direção de Joaquim Pedro de Andrade, 1969, 108 min. A história do herói preguiçoso, safado e sem nenhum caráter, que nasceu na selva e de preto, virou branco. Depois de adulto deixa o sertão em companhia dos irmãos e vive aventuras na cidade. Classificação: 16 anos
Dia 23 de maio (terça-feira)
Samba (Brasil). Direção de Thereza Jessouroun, 2001, 54 min. Documentário sobre o samba e sua relação com o cotidiano dos moradores do Morro da Mangueira (RJ). Fugindo dos estereótipos que costumam divulgar, durante o Carnaval, a mais “nacional” de todas nossas danças, o filme revela o mundo e a vida dos passistas da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira e o samba das biroscas do alto do morro, dos ensaios técnicos realizados sem fantasia e de pé no chão, ou das rodas de samba das esquinas da favela. Classificação: 10 anos
O Pasquim – A subversão do humor (Brasil). Direção de Roberto Stefanelli, 2004, 44 min. Em 1969, ano particularmente duro no regime militar, surgiu no Rio de Janeiro “O Pasquim”, tabloide que, com sua irreverência, humor e anarquia, daria uma nova roupagem e linguagem ao jornalismo brasileiro, uma forma mais coloquial à publicidade e causaria um forte abalo nos níveis da hipocrisia nacional, uma farra da turma de Ipanema. Classificação: 10 anos
Dia 25 de maio (quinta-feira)
Alô, Alô, Terezinha! (Brasil). Direção de Nelson Hoineff, 2009, 90 min. Dentro de um cenário tropicalista, entre os anos 1950 e 1980, Chacrinha foi o apresentador de programas de auditório mais famoso do Brasil. Irreverente e com um estilo próprio, comandou programas que se tornaram recordistas de audiência e atraíram o gosto popular. Ao mesmo tempo, lançou diversos artistas que depois se firmaram na música brasileira, além de criar aquelas que ficaram no imaginário popular masculino: as chacretes. Classificação: 12 anos
Dia 30 de maio (terça-feira)
Tropicália (Brasil). Direção de Marcelo Machado, 2012, 87 min. Numa época em que a liberdade de expressão perdia força, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Arnaldo Baptista, Rita Lee, Tom Zé, entre outros, criaram o Tropicalismo, abalando as estruturas da sociedade brasileira e influenciando várias gerações. Com raras imagens de arquivo e embalado por canções do período, o filme nos dá um panorama definitivo de um dos mais fascinantes movimentos culturais do Brasil. Classificação: 14 anos
Fonte: Assessoria de Imprensa do CineCAL
*Foto: Divulgação
Entrada franca
Local: Auditório Gonzaguinha da Casa da Cultura da América Latina da UnB (térreo)
SCS Qd 4, Edf. Anápolis. Telefone 3321.5811
Hora: 12h e 15h
Realização: CAL/DEX/UnB